1.317 desastres naturais foram registrados em Goiás nos últimos 9 anos
Entre os anos de 2013 a 2022, foram registrados em Goiás 1.317 desastres naturais, sendo os mais recorrentes a propagação de fogo nas matas, o transbordamento de rios e os alagamento em época de chuvas. Os dados são da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Ainda, segundo a CNM, todos os estados brasileiros tiveram ao menos uma dessas ocorrências nos últimos dez anos. Em relação ao impacto financeiro aos municípios, os prejuízos ultrapassaram R$ 341,3 bilhões no período analisado. Foram 53.960 ocorrências no período, em 93% das cidades brasileiras. De acordo com o estudo feito, os desastres são responsáveis por danos humanos, materiais e ambientais, e, “a cada ano, eventos negativos como a seca e o excesso de chuvas tornam-se cada vez mais severos em decorrência das mudanças climáticas e também da intervenção humana”. Vale ressaltar que decretos relacionados a pandemia da Covid-19 também entram na conta com as decretações de calamidade sanitária.
Como consequências, os municípios podem sofrer com a interrupção de serviços essenciais como o abastecimento de água e energia, gerar prejuízos econômicos e financeiros às propriedades públicas e privadas, agricultura, indústria e comércio. Além de provocar mortes, ferimentos, doenças e outros diversos efeitos negativos ao bem-estar da população afetada.
No âmbito nacional, entre os tipos de ocorrência, tem-se, em primeiro lugar, as relacionadas a estiagem/seca, depois, doenças infecciosas virais, chuvas, enxurradas, vendaval, inundações, incêndio florestal em parques, alagamentos, incêndio florestal em áreas não protegidas, granizo, deslizamento e outros.
Em relação as catástrofes naturais no Estado, a secretária do Meio Ambiente de Goiás, Andréa Vulcanis informou que tem adotado medidas de prevenção. “Nós estamos trabalhando desde a prevenção dos incêndios, junto com o Corpo de Bombeiros, e isso envolve toda uma ação da Secretaria na proteção das unidades de conservação, na construção de aceiros e nas queimas controladas dentro das unidades. Tanto que em 2021 tivemos uma redução de 80% das áreas queimadas nas unidades de conservação. Também temos feito um trabalho muito efetivo com as barragens no estado. Hoje nós temos mais de 6 mil barragens cadastradas, vistoriadas, fiscalizadas, de modo que, ao longo desses dois últimos anos, não tivemos mais incidentes graves, com mortes ou com destruição de paisagens ou vegetação ou do patrimônio da população de Goiás” afirmou Vulcanis.