Com Naiçoitan foragido, vice-prefeita de Iporá pode assumir em até 15 dias
Caso prefeito não apareça publicamente dentro do prazo, Câmara de Vereadores precisa declarar o cargo vago
Depois de invadir a residência de sua ex-companheira na última sexta-feira, 17, quando disparou ao menos 15 tiros contra a ela e o seu atual companheiro, o prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (Sem partido), teve a prisão preventiva decretada pela Justiça no domingo, 19, e é considerado foragido desde então. A lei determina que caso o prefeito não apareça publicamente por 15 dias, a Câmara de Vereadores do município deve empossar a vice-prefeita, Maysa Peres (PP).
Entretanto, caso Naçoitan se apresente a polícia e chegar a ser preso a qualquer momento, cargo também tem de ser considerado vago. Quem explica é a vereadora e Procuradora da Mulher do município, Viviane Specian (PT). Apesar da Câmara ter aprovado a abertura de uma CPI para cassar o prefeito, a vereadora requerimento que pede a posse imediata da vice-prefeita.
“CPI demora muito para tramitar e diante do ocorrido e da gravidade dos fatos, precisamos do afastamento imediato do prefeito. Foram vários os crimes cometidos, a Justiça já negou o habeas corpus, e ele é considerado foragido, o que agrava o caso. Ele pode ser preso quando se apresentar, o que já acarreta no afastamento. A prefeitura está sem um gestor, a cidade não pode esperar que questões criminais envolvendo a pessoa do prefeito atrapalhem a administração municipal”, afirma a vereadora.
Viviane disse ainda que espera que Naçoitan seja preso. “A partir do momento que o líder do Executivo toma uma atitude dessas, todas as mulheres de Iporá estão correndo risco, ele precisa ser preso. Se autoridade maior do município tem um comportamento desses, ele dá legitimidade para que qualquer outra pessoa também faça. Iporá está sendo vista a nível nacional de uma maneira muito pejorativa, o que prejudica a população, a economia e a cidade como um todo”.