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CPI da Covid deve adiar apresentação de relatório, antes prevista pra 3ª

CPI da Covid deve adiar apresentação de relatório, antes prevista pra 3ª

Apresentação teria sido postergada por divergências entre os senadores em relação ao documento

A apresentação do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, no Senado, foi adiada, conforme a CNN Brasil. Segundo informações de outros veículos de comunicação, a apresentação foi postergada por divergências entre os senadores em relação ao documento.
O parecer final do senador relator Renan Calheiros (MDB) estava previsto para ser lido nesta terça (19). Ele dever ter mais de mil páginas com informações conseguidas nos últimos 5 meses. A nova data ainda não foi divulgada.
Bolsonaro (sem partido), destaca-se, deve ter pedido de indiciamento no relatório, como já noticiado. Além dele, políticos, empresários e médicos também podem entrar nessa lista.
Em entrevista ao O Globo, há algumas semanas, Calheiros adiantou que irá pedir o indiciamento do presidente Bolsonaro por prevaricação no parecer de seu relatório na CPI da Covid, no Senado. O motivo é que o gestor federal não levou aos órgãos de de investigação a denúncia sobre irregularidades na negociação para a compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.
Ele ainda deve incluir práticas que caracterizam crime de responsabilidade. “Gabinete paralelo (profissionais que assessoravam informalmente o presidente sobre temas ligados à Covid-19), imunidade de rebanho (tese de que uma grande parcela de população precisa ser contaminada para a pandemia chegar ao fim), bloqueio às vacinas e prevaricação (omissão diante de indícios de ilegalidades). Essas coisas todas estarão contidas no relatório”, disse o relator, no último dia 17.
Presidente da CPI sobre relatório e PGR
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que será “impossível” o procurador-geral da República, Augusto Aras, engavetar o relatório da comissão. Segundo ele, o parecer deve pedir, pelo menos, o indiciamento de 30 investigados.
Hoje é de conhecimento público: não dá para engavetar isso. Não dá para jogar debaixo da gaveta. Não tem como. São 600 mil vidas que se perderam“, declarou à Rádio Bandeirantes.
“Essas coisas todas não há como segurar. Nenhum governo é eterno e isso não prescreve. São 600 mil vidas, milhões de brasileiros sequelados e pessoas que deixaram crianças órfãs”, disse, ainda, ao reforçar que as cobranças serão diárias.

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