Bolsonaro pretende indicar mais dois ministros evangélicos
Anúncio foi feito pelo presidente da República nesta segunda-feira, 6, em conversa com apoiadores na porta do Palácio da Indicação de novos nomes depende do resultado das eleições | Foto: Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro (PL) insinuou nesta segunda-feira, 6, que pretende indicar mais dois ministros evangélicos para o Supremo Tribunal Federal (STF). A hipótese, de acordo com o liberal, só vai se concretizar se ele for candidato e ganhar as eleições de 2022. Isso equivaleria a 27,27% do Supremo, que tem 11 ministros.
“Se eu for candidato à reeleição e for reeleito, no início de 2023 a gente vai colocar mais dois ministros evangélicos no Supremo”, afirmou o presidente da República em uma conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada. O vídeo foi captado pelo canal Foco do Brasil, no YouTube.
O campo hipotético se dá porque a aposentadoria compulsória está em 75 anos. Quando um ministro atinge esta idade, ele tem que se aposentar de forma compulsória e a saída abrirá espaço para novas indicações presidenciais. Para 2022 não há nenhuma indicação prevista, porém, em 2023 há dois ministros que completarão 75 anos, Ricardo Lewandowiski (em maio) e Rosa Weber (em outubro).
Terrivelmente evangélico
O presidente também comemorou a aprovação da indicação do ex-advogado-geral da União (AGU) André Mendonça, agora ministro do STF. Esta é foi segunda indicação de Bolsonaro. A primeira foi do ministro Kassio Nunes Marques, que é católico, e assumiu o posto em novembro de 2020.
De acordo com Bolsonaro, quem é evangélico está lá. “Eu não sou evangélico, sou católico. Evangélico está no Supremo”, acrescentou o presidente que também lembra que a primeira-dama, Michele Bolsonaro é evangélica.
Antes de conversar com os apoiadores, o presidente já havia comemorado a aprovação do nome de André Mendonça oficialmente. O novo ministro é pastor da Igreja Presbiteriana e a indicação dele foi aprovada na última quinta-feira, 2, por 47 votos no Plenário do Senado.
Na ocasião, Bolsonaro disse que o compromisso de indicar um ministro “terrivelmente evangélico” teria sido concretizado. “Foi uma longa espera onde 47 senadores, aos quais agradeço, entenderam ser André Mendonça uma pessoa capacitada para a missão”, comentou o presidente.