Paulo Cezar Martins diz que jamais seria “coveiro do Ipasgo”
Ao encaminhar voto contrário à privatização do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás, o deputado Paulo Cezar Martins (PL) afirmou da tribuna, na manhã desta quinta-feira (20/04), que não será ele “coveiro do Ipasgo”. O parlamentar votou contra o projeto do Executivo alegando que trará prejuízos aos servidores públicos, na medida em que transforma o instituto numa espécie de serviço social autônomo, de natureza privada, regido pelas regras da Agência Nacional de Saúde (ANS).
“Muitos servidores públicos de Goiás morrerão por falta de atendimento”, sublinhou Paulo Cezar, para quem a elevação do valor das contribuições impactará nas finanças dos beneficiários do Instituto e estes migrarão para o SUS. “O governador está jogando uma pá de cal no Ipasgo”, emendou.
Paulo Cezar afirmou ainda que este dia, 20 de abril de 2023, entrará para a história como um dos dias “mais tristes” para os servidores públicos de Goiás. Segundo ele, não há mais que se falar em Ipasgo, porque na prática o órgão acabou.
O projeto que muda a natureza jurídica do Instituto, para deixar de ser autarquia e se tornar serviço social autônomo (SSA), foi aprovado em segunda e última votação nesta manhã de quinta-feira. “Lamento que o governo tenha tratorado. Esperava que houvesse mais debate e que o projeto não fosse votado a toque de caixa”, arrematou Paulo Cezar.