Defesa de Ibaneis diz que plano para conter atos golpistas foi sabotado
Para a defesa do governador afastado, há circunstâncias comprovadas por imagens e dados que “evidenciam o abandono do plano de ação” durante o período de execução
A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), entregou um memorial ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que afirma que a falha de segurança na Esplanada dos Ministérios, que resultou na depredação e vandalismo das sedes dos Três Poderes durante os atos golpistas no domingo (8/1), ocorreu por meio de sabotagem.
De acordo com o documento, obtido pelo jornal Folha de S. Paulo, o Governo do Distrito Federal e as forças de segurança estabeleceram “um protocolo de ações integradas, previamente elaborado com a finalidade de promover ações de segurança pública” no fim de semana em que os atos golpistas estavam marcados.
Com o planejamento, Ibaneis “confiou na execução, ainda com mais razão quando obteve informações de que tudo transcorria de maneira absolutamente tranquila e pacífica”. O plano, de acordo com a defesa, dividia atribuições a diversos órgãos do DF.
Apesar de cada órgão saber a função no plano de contenção de atos golpistas, “fato é que, em algum momento, no plano da execução, o protocolo previamente estabelecido foi inusualmente descumprido, permitindo ou facilitando os inacreditáveis e irremissíveis atos de violência praticados contra os Poderes da República e contra o Estado Democrático de Direito”.