Eleições 2022: Terceira via patina faltando poucos meses para eleições
Construção do projeto terceira via para disputar o Palácio do Planalto este ano já passou por inúmeras figuras. Dentre as quais, no passado, o apresentador Luciano Huck, o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e o ex-ministro da Segurança Pública, Sergio Moro (UB). Agora, sobraram Ciro Gomes (PDT) e a senadora Simone Tebet (MDB). Mas, por que essas pré-candidaturas de centro não emplacam?
Para a cientista política Silvana Krause, que integra a Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel), o desafio desse espectro político, que na verdade é de centro, se firmar perante o eleitorado não é uma particularidade brasileira. “A terceira via em todas as democracias maduras pelo mundo está tendo dificuldades, pois não consegue mostrar a que veio. Falta identidade, estratégia e programa para se diferenciar dos dois lados opostos”, avalia.
A pesquisadora salienta que neste contexto o Partido dos Trabalhadores (PT) se destaca no papel de forte competidor. Uma vez que no passado polarizava as eleições com o PSDB e, nas eleições de 2018 e deste ano, com o presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, Krause pontua que ainda é cedo para desconsiderar as demais pré-candidaturas, que podem conseguir “identidade” perante o eleitorado, que já ‘experimentou’ os dois primeiros colocados das pesquisas, no governo, e teme se arriscar, aventurando em novos nomes.