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Em meio a protestos de empresários, veto a renomeação da Castelo Branco é mantido por vereadores

Em meio a protestos de empresários, veto a renomeação da Castelo Branco é mantido por vereadores

Matéria foi vetada por Rogério Cruz no dia 12 de junho; veto foi derrubado pela CCJ, mas mantido em plenário após grande pressão feita por comerciantes

Na manhã desta terça-feira, 22, o veto a renomeação da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende Machado foi mantido (com 24 votos a 8) pelos parlamentares da Câmara Municipal de Goiânia. Vetada pelo prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) alteração do nome da via voltou a ser motivo de discussão na Casa Legislativa após empresários se dirigirem ao plenário em manifestação contra a alteração.
Na galeria, comerciantes estenderam faixas com o nome ‘Agrovia Castelo Branco’. Apesar de não estar na pauta para votação, o vereador Sargento Novandir solicitou inclusão e inversão da pauta, acrescentando a votação (para manutenção ou derrubada do veto de Rogério Cruz) da matéria na pauta do dia. Durante a sessão, Clécio Alves (MDB) chegou a solicitar que todos os vereadores do MDB, mesmo partido de Iris Rezende, votassem pela derrubada do veto.
Quem também se manifestou a favor da derrubada do veto foi defendida por Sandes Júnior, que afirmou “ter feito uma enquete quanto a renomeação da Avenida para homenagem a Iris Rezende em seu site, com mais de 95% de aprovação”. Já Leo José, que não hesitou em utilizar um boné que ressaltava o nome “Agrovia Castelo Branco”, se posicionou a favor da manutenção do veto.
Em longa manifestação na tribuna, Clecio Alves chegou a chamar os pares que decidiram votar a favor da manutenção do veto de ‘fariseus’. A justificativa do emedebista era de que, inicialmente, a matéria teria sido aprovada pelo plenário por 32 de 35 votos, antes de ser encaminhada para decisão do Paço Municipal. Já o vereador Marlon, apesar de se declarar ‘ao lado dos empresários’, se manifestou contrário a homenagens ligados nomes relacionados a Ditadura Militar e chegou a propor a proibição a realização de homenagens similares.
Aava Santiago também se manifestou a favor da derrubada do veto, pela justificativa de não homenagear pessoas relacionadas à ditadura. “Jamais meu nome será associado a manutenção do nome de alguém que cassou parlamentares. Não estamos sobre os assombros da ditadura e devemos nos comportar como democratas”, pontuou. Por outro lado, Sargento Novandir, o vereador que recentemente se vestiu de palhaço na Casa, também defendeu os empresários. “Os empresários não estão pesando quem foi melhor, se foi Castelo Branco ou Iris Rezende. A questão são os prejuízos que os comerciantes vão sofrer caso essa mudança de nome ocorra”, argumentou.
Quem também defendeu a manutenção do veto foi o presidente da Comissão Mista, Cabo Senna (Patriota). No entanto, o vereador justificou sua posição pela falta de um abaixo-assinado dos moradores e comerciantes em aprovação a mudança. Isso, porque a renomeação da Avenida Castelo Branco para Iris Rezende, em homenagem ao emedebista, foi vetada pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) no dia 12 de janeiro com a justificativa de que os moradores e comerciantes da avenida não haviam sido consultados para a mudança. A grande burocracia para a alteração do nome também fez parte das justificativas apontadas pelo Paço Municipal.
Na época, PGM argumentou que a denominação de vias e logradouros públicos só pode ser “apresentada, discutida e votada se tiver a aprovação da maioria dos moradores” destes locais. É preciso, inclusive, que exista abaixo-assinado contendo nome e endereço dos moradores, o que não foi encontrado pela prefeitura. “Não há qualquer manifestação dos moradores da Avenida Castelo Branco. Não se encontrou qualquer abaixo-assinado, com nome e endereço dos moradores, anuindo com a alteração da denominação da avenida. Diante disso, forçoso reconhecer que o autógrafo de lei objeto dos autos não está em conformidade com a legislação vigente, por isso faz-se necessário o seu veto integral”, disse o documento.
Com a decisão do município, alguns vereadores e a filha do ex-governador de Goiás, Ana Paula Rezende, chegaram a se manifestar contra o veto. A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), inclusive, na semana passada, derrubou o veto do prefeito de Goiânia à matéria. Na comissão, apenas o pessebista Pedro Azulão Jr. havia se manifestado a favor da manutenção do veto. Quem liderou as indignações quanto ao veto a homenagem foi o vereador Clécio Alves (MDB). Clécio chegou a fazer outras propostas de homenagens ao ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, como a inclusão do nome de Iris a Avenida Anhanguera e a instalação do Memorial Iris Rezende no atual prédio da sede da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), localizada no Bosque dos Buritis.

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