Entenda por que Bruno Peixoto pode ser candidato a prefeito de Goiânia
Redação
Vereador mais votado em 2008. Deputado estadual mais votado em 2022. Eleito presidente da Assembleia, o parlamentar é popular e agregador
O presidente da Assembleia, Bruno Peixoto, do União Brasil, é, sobretudo, um político vencedor.
Em 2008, no seu segundo mandato, foi o vereador mais votado em Goiânia — com 12.850 votos. Compare: em 2020, já com a capital com um eleitorado bem maior, o mais votado, Isaías Ribeiro, do Republicanos, obteve 9.323 votos. Bruno Peixoto obteve, doze anos antes, 3.527 votos a mais. Isto prova a sua força político-eleitoral na cidade com maior eleitorado de Goiás.
No momento, Bruno Peixoto está em seu terceiro mandato de deputado estadual. Em 2022, sua votação superou todas as expectativas — 72.692 votos. Ele foi o mais votado de todos. O segundo colocado, Lucas do Vale, do MDB, conquistou 55.747 votos. O presidente da Alego recebeu 17.945 votos a mais.
Como candidato a deputado estadual, Bruno Peixoto obteve mais votos do que quatro deputados federais eleitos: Daniel Agrobom (70.529 votos), do PL; Jeferson Rodrigues (56.026), do Republicanos; Ismael Alexandrino (54.791 votos), do PSD, e Lêda Borges (51.346), do PSDB.
Na eleição para presidente da Assembleia, graças à sua competência como articulador e à capacidade de agregar, Bruno Peixoto conseguiu o apoio de todos os deputados (com ele, são 41 parlamentares) e foi eleito sem nenhuma contestação.
No comando do Poder Legislativo, Bruno Peixoto mudou sua configuração. Tornou-o de fato republicano — antes era imperial. Acabou-se também a ideia de “República de Rio Verde” ou de “República de Catalão” etc. Agora fala-se em “República dos Deputados”. Ou seja, a Alego é de todos, não de grupos e indivíduos isolados.
Há um aspecto pouco ressaltado: o orçamento e a estrutura da Assembleia de Goiás são maiores do que os de muitos municípios de Goiás — sendo superados por Goiânia, Anápolis, Aparecida, Rio Verde e talvez mais um ou dois municípios. Portanto, é um poder muito forte, porque é a casa que cria as leis do Estado e por sua ampla estrutura.
Aquele que administra a Assembleia Legislativa tem porte para administrar tanto uma grande prefeitura e mesmo o Estado. Porque ganha-se experiência administrativa e capacidade de articulação.
Aos 48 anos, a idade da razão — diria o filósofo Jean-Paul Sartre —, nascido em Goiânia, cidade pela qual tem paixão, qual será o futuro político de Bruno Peixoto? Diz-se que o futuro nem a Deus pertence, sobretudo vai sendo construído no presente, portanto é um “pedaço” do presente.
Aos amigos e aliados, Bruno Peixoto confidencia que planeja disputar mandato de deputado federal em 2026, daqui a pouco mais de três anos. O projeto é viável, considerada a estrutura que o bancou em 2022 e que, em 2026, será ainda maior.
Porém, antes do futuro de 2026, há o futuro de 2024 — que está chegando daqui a um ano e cinco meses. Trata-se da disputa para a Prefeitura de Goiânia.
As mortes de Maguito Vilela e Iris Rezende deixaram um vazio imenso na política de Goiânia. Não se sabe quem poderá ocupá-lo. Pode ser Ana Paula Rezende, filha de Iris Rezende e de Iris Araújo.
Na política não cabe hesitar, titubear. É crucial ter vontade, garra e grupo político. Ana Paula Rezende pode ser apoiada para prefeita por dois grupos fortes — o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, e o do vice-governador Daniel Vilela, do MDB. Isto significa uma estrutura e tanto.
Mas fica a pergunta: por que, com tantos apoios, Ana Paula Rezende não se apresenta, desde já, como pré-candidata a prefeita? Primeiro, por falta de vontade. Segundo, porque o marido, Frederico Peixoto, não se entusiasma com sua candidatura. Conta-se que teria dito: “Não quero ser marido de prefeita”. Sua empresa, a FGR (do ramo imobiliário), não tem negócios com o setor público e é conceituada no mercado. Porém, a conexão de sua mulher com a política partidária pode atingir, direta ou indiretamente, os negócios.
Não se pode sugerir, porém, que Ana Paula Rezende está descartada. Porque não está. É um nome forte, com uma história familiar solidamente vinculada à capital. É um nome leve, com raízes na capital.
Bruno Peixoto apoiaria Ana Paula Rezende para prefeita? Aliados dizem que sim, sem hesitar. De acordo com deputados o presidente a Alego tem apreço pela jovem empresária e, por isso, a apoiaria sem nenhuma hesitação.
Entretanto, se o espaço permanecer vazio por mais tempo — o que acabará por consolidar candidaturas de outros grupos —, é bem possível que as estruturas do União Brasil e do MDB façam uma opção pelo lançamento de Bruno Peixoto para prefeito de Goiânia. Ou por outro nome. Poderes consistentes não ficam sem candidatos em cidades estratégicas. Ter poder em Goiânia “abre” uma porta para a disputa de 2026.
Por que apoiar Bruno Peixoto? Primeiro, porque tem vontade, garra. Segundo, porque tem grupo político. Terceiro, porque é um político popular. Quarto, porque tem discurso afiado e experiência. Quinto, porque conhece Goiânia como poucos, e não apenas por ter sido vereador, mas sobretudo porque mantém uma sintonia fina com políticos, empresários e líderes populares na capital. Sexto, porque há um vazio político imenso. Sétimo, porque pertence ao União Brasil, partido do governador Ronaldo Caiado, que tem simpatia pelo jovem político.
Diz-se de Bruno Peixoto que se trata de um político que não força nem arromba portas. Pois em Goiânia as portas da política, para quem quer disputar a prefeitura, estão abertas — até abertíssimas. Com sua capacidade de agregar apoios e persuadir as pessoas, eis um nome para a disputa de 2024 — que, frise-se, já chegou: é o futuro batendo à porta. (E.F.B.)