Mirando a presidência, goiano Pablo Marçal defende conexão Goiânia-Brasília para fortalecer Centro-Oeste
O goiano Pablo Marçal (Pros) é um dos pré-candidatos à presidência da República que colocou o nome a disposição para as Eleições 2022. Nascido em Goiânia, hoje é coach e listado entre os maiores influenciadores do Brasil, por meio de workshops, palestras e livros de sua autoria. Agora, com o objetivo de ocupar o Palácio do Planalto, se diz horando em representar o povo goiano e aponta o agronegócio como destaque para o crescimento não só do Estado, como de todo o país.
Em entrevista ao Jornal Opção, Pablo Marçal declarou que pretende fazer o caminho inverso dos brasileiros que saem do interior do país para buscar melhores condições de vida nas grandes cidades do Sudeste. “Quero que essa volta, como um “bandeirante” do século 21, represente a viabilidade de crescimento do país por inteiro, diminuindo os contrastes entre as diversas regiões e criando condições para que o homem interiorano fique em sua terra natal e possa dar uma vida digna para sua família”, declarou. Nesse sentido, aponta que o investimento em setores da produção rural e de infraestrutura no interior do país podem beneficiar o desenvolvimento nacional, incluindo regiões como Goiás.
Para Pablo, o Agronegócio é a “locomotiva do Brasil”, presença em quase 30% do o PIB nacional. Ao exaltar o trabalho do setor, ele lembra dos momentos mais duros de pandemia, quando o agro, em sua análise, manteve a segurança alimentar do país em meio à paralisação quase total da economia. “Precisamos de mais investimentos em tecnologia e infraestrutura para o agronegócio continuar crescendo e para fixar o homem no campo. Foi o uso de tecnologia que permitiu dominar o cerrado e torná-lo responsável por 50% de toda a produção de grãos e cana de açúcar do país, e olha que o cerrado corresponde a apenas 25% do território nacional”, aponta.
O coach e pré-candidato lembra também de projetos de infraestrutura que, ligados ou não ao agro, são capazes de trazer melhores condições para Goiás, como o projeto de ligação por trem entre Brasília e Goiânia, apelidado de Trans Pequi. “Ele foi enterrado em alguma gaveta na transição do último governo. Por que não trazer um Hyperloop para ligar todo o centro-oeste? Já se foram 20 anos desde a última viagem de trem cortando o planalto central entre Brasília e Goiânia”, comenta, na intenção de tirar o projeto do papel e conectar os dois centros urbanos como forma de facilitar a vida dos cidadãos da região e promover avanços que reflitam na economia do país.
É pensando nisso, por exemplo, que destaca a necessidade de investir na infraestrutura multimodal, capaz de aproveitar o potencial de diferentes meios de transporte, bem como da geografia do cerrado. “Podemos tornar mais barato o escoamento das safras, deixando de apoiar-se apenas no transporte rodoviário. Essa dependência quase exclusiva de um único meio de transporte é ruim para o desenvolvimento dessas regiões e torna mais caro o preço final da produção”, defende.