Parlamentares querem a abertura de uma nova CPI da pandemia
Apagão de dados, boicote à vacinação infantil e ataques a técnicos da Anvisa são principais motivos para pedido
O senador Randolfe Rodrigues (Rede) anunciou, na última terça-feira (11), que protocolou requerimento para nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia, nos moldes daquela de 2021. A motivação seria fatos recentes como a continuidade do “apagão de dados” da saúde e a polêmica e o atraso da vacinação de crianças. Além disso, o parlamentar ressaltou a insuficiência de provisão para doses de reforço em 2022 e os ataques do presidente a técnicos da Anvisa.
O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB), declarou apoio à proposta de Randolfe. O senador afirmou que há fatos que ainda precisam discutidos, como o boicote à vacinação infantil. “O Congresso está omisso diante do resgate do genocídio. Eles só respeitam CPI”, criticou Calheiros, referindo-se ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Omar Aziz (PSD), presidente da CPI da Covid-19, relembrou que, na última segunda-feira (10), o apagão no sistema do ConecteSUS, aplicativo que emite certificados de vacinação, completou um mês. O senador alertou que o país só conseguirá conter a nova onda de contaminação se a Saúde souber da real intensidade da doença no país, que piorou com a Ômicron. “É muito importante que os dados sejam recuperados. Um momento crítico em que precisamos de todas as informações para podermos vencer o inimigo”, afirmou Aziz.
A criação de uma nova CPI depende da assinatura de um terço dos 81 membros do Senado, ou seja, 27 senadores.