Polarização de votos entre Lula e Bolsonaro não reflete nos candidatos em Goiás
Presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão em disputa acirrada também em Goiás. O primeiro aparece com 45,1% e o petista com 30,5%, segundo dados do Paraná Pesquisas, divulgados no último dia 10. No entanto, esses números não refletem sob as candidaturas locais. O candidato que representa Bolsonaro em Goiás, Major Vitor Hugo, se equilibra nos 9%. Para a esquerda no Estado a situação é ainda pior. Mesmo juntando as intenções de votos do ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e da candidata da federação PSOL/REDE, Cíntia Dias, o resultado fica longe dos 30% de Lula, o total dos dois são de apenas 2,4%.
Mário Rodrigues, diretor do Grupom Pesquisas, destaca que falta um estudo para atestar o grau de conhecimento dos eleitores acerca dos candidatos ao Governo de Goiás. “A maioria considera que votar nos candidatos à presidência já resolve. O nível de indecisos para o cargo de presidente é muito baixo. Para os demais cargos, os índices de indecisos são bem elevados e está sobrando muito pouco tempo para os candidatos a outros cargos serem conhecidos”, pontuou.
O especialista salienta ainda que os postulantes ao Palácio das Esmeraldas se apresentaram ao eleitorado a menos de seis meses, no caso do candidato do PT em Goiás, Wolmir Amado, ele se colocou de fato na disputa neste mês, pois havia a perspectiva de uma frente ampla pró-Lula, liderada pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB). “Não houve tempo para se tornarem conhecidos e, muito menos, quais seriam seus planos de governo. O nível de desconhecimento é enorme e os índices alcançados por todos eles até agora deve-se mais ao descontentamento com o governo estadual do que com seus projetos políticos”, afirma.
Nessa conjuntura, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota), tem buscado colar também em Bolsonaro. Ele surge com 24,9% das intenções de votos. Outra questão levantada por Rodrigues é o erro dos governadoriáveis ao governo confiar que estão “urgidos” por um candidato a presidente, que liderada as pesquisas de intenções de votos. Todavia, ele considerada a possibilidade de transferência de votos, desde que haja um processo político e de construção de imagem.