Temporada de convenções partidárias está aberta: entenda o que muda na corrida eleitoral
As convenções partidárias começaram nesta quarta-feira (20) e são permitidas até 5 de agosto, de acordo com o Calendário Eleitoral de 2022. Elas são essenciais para deixar mais nítido o cenário eleitoral, oficializando o que já se discute nos bastidores, e para montar estratégias de campanha, com base em tempo de TV e dinheiro disponível para investir na campanha, por exemplo.
Nestas reuniões de partidos e federações, são definidos os nomes para todos os cargos e também as alianças entre siglas. “Os números dos candidatos a deputado e senador, por exemplo, são decididos em convenções. São importantes porque é a partir delas que se clareia, em boa medida, o quanto se terá de recursos financeiros disponíveis, a quantidade de tempo de campanha em TV e rádio, as bases eleitorais a serem exploradas e outros pontos”, afirma o doutor em Ciência Política e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Robert Bonifácio.
Por outro lado, a definição nas convenções não autoriza, de imediato, que os candidatos peçam voto. O registro das candidaturas será oficializado apenas no dia 15 de agosto. “A partir do dia seguinte, 16, inicia-se a campanha eleitoral”, explica Bonifácio. Neste momento, então, é permitido fazer campanha, na rua e internet, até as vésperas do primeiro e segundo turno, que acontecem dias 2 e 30 de outubro, respectivamente. Já a propaganda em rádio e TV será veiculada entre os dias 26 de agosto e 28 de setembro.
Na tarde desta quarta-feira (20), em Brasília, Ciro Gomes (PDT) foi lançado pelo PDT e é o primeiro candidato oficial à presidência da república. A decisão veio sem votos contrários. Ciro Gomes ainda não apresentou quem comporá a chapa na posição de candidato a vice. Na quinta-feira (21), o nome do ex-presidente Lula será oficializado pelo PT, em São Paulo. Para o dia seguinte, está a agendada a convenção em que o nome de Jair Bolsonaro à corrida presidencial será oficializado, no Rio de Janeiro.