Simone Tebet critica Executivo pela inoperância econômica e social
Lançada como pré-candidata do MDB à Presidência da República, a senadora atacou o governo e “aventureiros”
o lançamento da sua pré-candidatura à Presidência da República, ontem, a senadora Simone Tebet (MS) não poupou críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A parlamentar afirmou que concorrer ao Planalto não foi um desejo pessoal, mas, sim, uma “missão” trazida pelo partido. Com esse movimento, a legenda entra, assim, na disputa para ser a terceira via no pleito.
“Essa missão tem um clamor, clamor da urgência. O povo brasileiro está morrendo de fome depois de centenas de milhares de brasileiros terem morrido por uma saúde pública omissa e negacionista”, disparou Tebet, que teve atuação destacada na CPI da Covid.
A senadora destacou levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PenSSAN), apontando que cerca de 20 milhões de brasileiros ficam sem se alimentar por mais de 24 horas. “O país não tem prioridades. O governo que não tem projeto, não tem um plano nacional nem regional de desenvolvimento. O governo que não tem dinheiro, apesar de sermos um dos povos que mais paga impostos no mundo”, criticou.
Diferentemente de outros pré-candidatos, Tebet disse que não dará enfoque a um guru econômico, como fez o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) ao apresentar o economista Affonso Celso Pastore, e Jair Bolsonaro, em 2018, com Paulo Guedes. Ela reprovou a gestão econômica do governo. “Precisamos de um ministro do Planejamento. Um país que não planeja não sabe para onde vai, é um país igual ao que temos hoje, sem comandante, com o piloto da economia que não sabe para onde vai, não tem bússola. Ele não tem rumo e fica servo e submisso ao Centrão”, enfatizou.
Ela destacou, ainda, que “o Brasil não pode estar mais à mercê de aventureiros, de outsiders, é preciso experiência administrativa e de gestão”. “Não só estou pronta, mas temos condições de sermos juntos o próximo ou a próxima presidente da República.”
A oficialização da pré-candidatura contou com a presença de caciques do MDB, como o presidente da legenda, Baleia Rossi (SP), além de dirigentes de outras siglas, como Bruno Araújo (PSDB) e Luciano Bivar (União Brasil).