Curso capacita mulheres para as eleições 2022
Inscrições estão abertas até o dia 31 de dezembro e podem ser realizadas através do site do programa. Planejamento, estratégia, criação, produção e imprensa são os eixos temáticos da formação
O curso que propõe capacitar mulheres para as eleições de 2022 e 2024, Todaz, será realizado com mais de 30 aulas síncronas, durante o período de janeiro a abril de 2022, com mentorias e experiências práticas. As inscrições estão abertas até o dia 31 de dezembro e podem ser realizadas através do site todaz.com.br. A qualificação conta com estrategistas, publicitários e especialistas em comunicação política que atuaram em campanhas presidenciais no Brasil, América Latina e Europa.
A rede de consultores políticos de estratégia, programa e comunicação, lança a formação como uma forma de corrigir um dado que revela que as mulheres, no Brasil, mesmo sendo a maioria da população (51,8%), são apenas 16% no congresso. De acordo com o Mapa das Mulheres na Política 2019, relatório publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela União Interparlamentar (UIP), o Brasil ocupa a 134ª posição, dentre 193 nações, no ranking de representatividade feminina no Parlamento.
O curso será focado na comunicação de campanhas politicas e governo dentro de cinco eixos que são baseados na metodologia de criação de uma comunicação estratégica eficiente: planejamento, estratégia, criação, produção e imprensa. “Nossa missão é tornar as candidaturas femininas mais competitivas através da democratização do acesso a um conhecimento altamente especializado e caro: a comunicação política”, diz Tamires Fakih, Presidenta do Instituto TODAZ e especialista em Gestão de Políticas Públicas.
Apesar da cota de 30% do fundo partidário para candidaturas femininas prevista em lei, a realidade é que os homens são maioria nas presidências e gestão dos partidos e destinam mais recursos às campanhas masculinas. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, das mulheres que concorreram às eleições em 2014, 81% não receberam verbas de financiamento externo. Entre os homens, o número cai para 67%. Também ainda há prática partidária de fomentar candidaturas laranjas simplesmente para compor a cota feminina nas chapas.