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Em processo de judicialização, Diretório Nacional do Pros segue nas mãos de Eurípedes Júnior

Em processo de judicialização, Diretório Nacional do Pros segue nas mãos de Eurípedes Júnior

Partido enfrenta processo de fraude na Convenção Partidária, onde há dois grupos que pleiteiam a direção da sigla: o de Eurípedes Júnior e o de Marcus Holanda, que foi eleito em uma convenção “ilegal”

O Pros enfrenta um processo de judicialização para a destituição do atual presidente da Direção Nacional, Eurípedes Júnior. A questão está em trâmite na 8ª Turma da Vara Cível do Distrito Federal e já conta com o voto favorável do relator, o Desembargador Diaulas Costa Ribeiro. Até a decisão “final”, o partido conta com dois grupos que tentam dirigir a sigla: o próximo a Eurípedes Júnior e o vinculado a Marcus Holanda, que foi eleito para assumir a Comissão Executiva Provisória em janeiro de 2021, junto com o processo de destituição do goiano.
Atualmente como “presidente de fato”, Eurípedes está confiante de que houve fraude na convenção que culminou na destituição dele. Isso porque, a eleição aconteceu sem a participação de um postulante à presidência e que não esteve filiado à sigla. Segundo ele, o que tem acontecido dentro do partido é uma “tentativa de golpe” que tem chances remotas de se concretizar. O grupo de Holanda, no entanto, acredita que a Justiça deve destituir Eurípedes.
De acordo com o vice-presidente da Comitiva Provisória, Amauri Pinho, que também é advogado de Holanda neste caso, a convocação da convenção seguiu todas as normativas legais para destituir Eurípedes do poder da sigla, cumprindo a regra constitucional que exige que um quinto dos convencionais para poder convocar uma convenção partidária, tudo dentro da legalidade. A questão segue em julgamento, que iniciou no dia 9 de fevereiro e deve terminar somente no dia 8 de março, quando acredita que Holanda deve assumir o posto.
Apesar da situação, o atual dirigente do Pros está seguro de que não deve perder a Direção Nacional por se tratar de uma “tentativa de golpe”, que não tem avançado nos últimos dois anos, e já conta com duas decisões administrativas e judiciais favoráveis ao atual presidente. “A pessoa que está tentando tomar o partido não está sequer filiada ao partido. Como seria possível admitir que uma pessoa seja presidente nacional de um partido no qual ela não é filiada”, indagou o presidente, que acredita que se trata de uma “trama engendrada” por Marcus Holanda e o advogado Amauri Pinho.
Segundo Eurípedes, se trata de contestações de pessoas “que estão tentando tomar o Partido” e que foram condenadas pela justiça em razão da invasão da sede do partido; bem como por exibir documentos referentes a uma reunião forjada; nos quais identificou-se assinaturas falsas mediante laudo grafotécnico; e registro de presença de pessoas que comprovadamente estavam em outro estado no dia 11 de janeiro. O laudo grafotécnico, segundo Amauri, foi forjado e contratado pelo grupo de Eurípedes. “Não era um laudo verdadeiro e todas a assinaturas são incontroversas e foram convocadas dentro da legalidade, por isso estamos tranquilos”, argumenta.
Relatório
O processo começou a ser julgado no início de fevereiro, quando a 8ª Turma da Vara Cível iniciou o julgamento da apelação civil proposta pelo grupo ligado a Holanda. O relator, Desembargador Diaulas Costa Ribeiro reconheceu o recurso do grupo e lhe deu provimento ao pedido para que Eurípedes Júnior deixe a direção, entregue as chaves dos imóveis do partido, o helicóptero, dez automóveis e as senhas do sistema de gerenciamento de informações partidárias (SGIP) e do Sistema de Filiação Partidária (FIlia), além dos logins e senhas do site e das redes sociais do partido. O relatório ainda passará pelo julgamento da turma e do Desembargador Robson Teixeira, que pediu vista do processo.

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