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Filha é presa por roubo de quadros e golpe de R$ 725 milhões contra a própria mãe

Filha é presa por roubo de quadros e golpe de R$ 725 milhões contra a própria mãe

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta quarta-feira, 10, uma mulher acusada de aplicar um golpe milionário contra a própria mãe, estimado em R$ 725 milhões. Além de enganar a idosa, a mulher fez ameaças, exigiu pagamentos sob extorsão e roubou quadros com custo avaliados de R$ 150 mil a R$ 300 milhões. Além da filha da vítima, outras três pessoas foram presas na investigação.

A polícia não revelou a identidade da mulher presa nem da vítima, para preservar a idosa.

O golpe teria começado no início de 2020, quando a filha contratou uma mulher para abordar a mãe no meio da rua e alertá-la sobre uma morte iminente na família — no caso, a da própria filha. Se dizendo vidente, então, a mulher levou a vítima a outras comparsas no crime.

Após se anunciarem como cartomante e mãe de santo, as duas confirmaram a previsão e ofereceram um “trabalho” para salvar a filha da suposta tragédia. Apavorada, a idosa fez pagamentos que, ao longo de 15 dias, totalizaram o valor de R$ 5 milhões.

No mesmo período, a filha passo a isolar a mãe, inclusive dispensando funcionários e prestadores de serviços que trabalhavam na residência. A idosa, porém, percebeu a relação da filha com as supostas videntes e parou os repasses financeiros, quando começaram ameaças e agressões.

Além dos falsos trabalhos espirituais, a filha também roubou quadros do acervo da mãe. Ao todo, foram 16 obras roubadas, incluindo pelas de Tarsila do Amaral nos valores de R$ 150 milhões (Pont Neuf), R$ 250 milhões (Sol Poente) e R$ 300 milhões (O Sono). Três obras foram recuperadas em São Paulo, mas outras foram identificadas como vendidas para o Museu de Arte Latino-Americano, em Buenos Aires.

Ao todo, o polícia estima que o prejuízo da idosa chegou a R$ 725 milhões, distribuídos entre quadros (R$ 709 milhões), joias (R$ 6 milhões), pagamentos por falsos trabalhos espirituais (R$ 5 milhões) e transferências feitas sob ameaça (R$ 4 milhões).

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