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Com 160 casos, Secretaria da Saúde confirma transmissão comunitária de Monkeypox em Goiás

Com 160 casos, Secretaria da Saúde confirma transmissão comunitária de Monkeypox em Goiás

Com 160 casos confirmados de Monkeypox até segunda-feira, 22, Goiás atingiu a classificação de risco de nível 3, quando há transmissão comunitária da doença. A categorização é uma avaliação técnica, que aumenta o alerta para profissionais de saúde e a população em geral, sobre prevenção, manejo clínico, capacitação e sensibilização.

Em um plano de contingência divulgado na última semana, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) formalizou uma série de medidas e orientações para rastrear e restringir a doença no território goiano. O documento, preparado por profissionais reunidos no Comitê de Operações de Emergências da Monkeypox (COE), foi disponibilizado a todos os municípios.

A SES-GO esclarece que não há decreto estadual de Emergência em Saúde Pública vigente relativo ao vírus. A pasta explica que a classificação nível III que determina emergência contida no Plano Estadual de Contingência da Monkeypox refere-se a um rigor técnico determinado mundialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que descreve níveis diferentes de resposta e de ativação do Centro de Operações de Emergências (COE), para orientar o trabalho das vigilâncias e sistemas de saúde no enfrentamento à doença.

“Diferentemente da Covid-19, o enfrentamento da Monkeypox neste momento, considerando o cenário epidemiológico, não exige intervenções que justifiquem um decreto; documento de natureza governamental administrativa abrangente, que permite por exemplo, compras e contratações extemporâneas”, frisa em nota.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, todas as medidas para rastrear e restringir a doença no território goiano já vêm sendo tomadas. “As indicações técnicas reforçam as medidas que Goiás já estava adotando desde o começo dos registros da Monkeypox no Brasil, como manter uma Sala de Situação, agora ampliada no COE, as capacitações e definições de rede de atenção”, explica.

A SES-GO definiu os hospitais de referência e tem capacitado sistematicamente os profissionais da área para identificar os casos e fazer o diagnóstico diferencial da monkeypox. Todos os informes sobre o registro de casos, legislações, notas técnicas e o Plano de Contingência podem ser acessados no link.

A doença tem baixa letalidade e registrou apenas um óbito no Brasil, de paciente imunossuprimido com histórico de quimioterapia. Goiás não tem nenhum óbito nem caso grave, mas a SES alerta para a necessidade de cuidado redobrado por parte de pessoas imunossuprimidas e gestantes. Apenas três casos são em mulheres, um caso em idoso e outro em criança. A maioria dos registros confirmados permanece sendo em homens.

Prevenção

A principal forma de proteção é o isolamento da pessoa infectada (especialmente na presença de lesões na pele ou mucosas, que podem ser confundidas com herpes, afta ou catapora) até que seja feito o exame laboratorial confirmando ou não a doença.

Deve-se evitar o contato com pessoa contaminada, especialmente os contatos mais íntimos, separando objetos de uso pessoal. Profissionais de saúde devem usar Equipamentos de Proteção Individual no manejo dos pacientes e orientá-los quanto ao isolamento de 21 dias ou até que as lesões cicatrizem totalmente. O tratamento atual refere-se aos sintomas da varíola e na grande maioria dos casos não há necessidade de internação.

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