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Conferência realizada em Senador Canedo discute igualdade racial

Conferência realizada em Senador Canedo discute igualdade racial

O evento destacou a importância da pauta social além de promover a votação de propostas apresentadas nas miniconferências realizadas na cidade.

A III Conferência Intermunicipal da Igualdade Racial de Senador Canedo aconteceu na última quinta-feira (10), que em decorrência da pandemia de Covid-19, foi realizada de forma híbrida, com a participação presencial dos integrantes dos eixos temáticos e de forma on-line para o público em geral.

Palestras e debates analisaram e discutiram as propostas aprovadas. Além disso, foram colocadas em votação, propostas que foram discutidas nas miniconferências que antecederam o evento. A conferência também elegeu os delegados e delegadas que representarão o município na Conferência Estadual.

O evento contou com a participação de representantes dos municípios vizinhos como: Bela Vista, Caldazinha e Bonfinópolis. Também estiveram presentes: o Prefeito, Fernando Pellozo; a primeira dama e Secretária de Assistência Social e Cidadania (Semasc), Simone Assis; o Vice-Presidente do COMPIR, Luiz Aldama; a Prefeita de Bela Vista, representada por Kelly Cristina; Wélida Tomaz, Secretária de Assistência Social de Bonfinópolis; Camila Estefanny, Secretária de Assistência Social de Caldazinha; Pai Elmo, Tata de Inkince, da nação de Omolokô; Alessia Cristina, Diretora de das Políticas Afirmativas de Direitos e Cidadania; e Melissa Rocha, Gerência de Promoção da Igualdade Racial, compuseram a mesa de autoridades.

Foi destaque também a discussão do espaço democrático de construção social e participação popular o qual, tem por efeito, averiguar a implementação das políticas públicas destinadas à população negra e à efetivação da igualdade de oportunidades e fortalecimento sociais, culturais, civis e políticos pelos diversos grupos étnicos-raciais, com a palestra magna: Enfrentamento ao racismo e às outras formas correlatas de discriminação étnico-raciais e de intolerância religiosa: política de Estado e responsabilidade de todos nós.

Em sua palestra, Elenízia da Mata, especialista em direitos sociais e vereadora da cidade de Goiás, falou das experiências vividas e quando se reconheceu preta. “Em uma peça da escola, a minha professora se virou para mim e me disse que eu não poderia fazer a princesa, por não ter cabelo grande e liso, foi a partir daí que me vi e o quanto eu teria mais batalhas pela frente.”

O delegado Dr. Joaquim Filho Adorno Santos, falou sobre o trabalho desenvolvido frente ao Grupo Especializado no Atendimento às vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância-GEACRI. “Quando assumi o cargo de delgado em uma cidade do interior, me confundiam com o pastor, quando eu dizia que era o delegado, podia ver a expressão no olhar de alguns, como se uma pessoa preta não fosse capaz de exercer uma função como essa”, disse.

“Toda a sociedade civil, os movimentos sociais que participam e toda essa interação só é possível porque vocês participam, o movimento dos conselhos municipais é fazer essa mediação para que esse diálogo aconteça a fim de que a sociedade civil participe e traga as demandas, pois só assim que as políticas públicas vão ter a efetividade que a sociedade precisa”* discursou a primeira dama e secretária Simone Assis.

Em seu discurso, o prefeito Fernando Pellozo falou das lutas enfrentadas pelos movimentos étnicos- raciais. “Uma conferência como essa, em que tantas pessoas têm levado uma vida de dedicação à causa da diversidade, nós temos que lutar pela igualdade, e é o que estamos fazendo aqui hoje, lutando para que as próximas gerações possam desfrutar dessas conquistas que estamos colocando em discussão” pontua.

Ainda de forma virtual, a última palestra com o tema: crimes de racismo, injúria e discriminação étnico-racial e étnico-cultural, ministrada por Tamara Andreia Rivera, promotora de justiça do Ministério Público, encerrou a série de palestras.

Texto por: Clarah Menezes
Fotos por: Xande Manso

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