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Marconi pode trocar disputa ao governo por candidatura à Câmara dos Deputados

Marconi pode trocar disputa ao governo por candidatura à Câmara dos Deputados

Por falta de alianças, a candidatura de Marconi Perillo (PSDB) ao Governo de Goiás pode não acontecer neste ano. No entanto, há indícios de que ele entre na disputa por uma das 17 vagas disponíveis na Câmara dos Deputados, que tem respaldo da diretoria nacional. A narrativa servirá para rebater teses de que estar fora da competição majoritária significaria enfraquecimento político do ex-governador, além de poder ajudar o PSDB a fazer pelo menos dois parlamentares em Brasília. O partido tem até sexta-feira, 5, prazo final das convenções, para definir.

Marconi Perillo lançou sua pré-candidatura a governador de Goiás em evento realizado no dia 16 de julho, no Clube Jaó, em Goiânia, quando ainda se especulava que poderia disputar o Senado. Nos últimos dias, contudo, cresceu a possibilidade de que saia candidato a deputado federal, diante da possibilidade de fechar alianças partidárias no estado para chapa majoritária. O líder tucano conseguiu até agora apoio apenas do Cidadania, assim mesmo em razão da federação firmada em nível nacional com o PSDB.

Perillo foca nas tratativas de possíveis alianças. Hoje a possibilidade mais latente é com o Partido dos Trabalhadores (PT), na esteira da busca do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ampliar o apoio no estado. Apesar dessa possível aliança, parte da base eleitoral de Marconi – empresários do agronegócio – não avaliza aproximação com o petista em Goiás.

O ex-governador enfrentou resistência também em aproximar-se do Patriota para uma composição com o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, em razão de atritos com os cardeais do partido no estado – empresário Jorcelino Braga e o deputado federal e ex-governador Alcides Rodrigues.

Na avaliação dos aliados, mesmo fora da disputa majoritária, Marconi não perderia força política, afinal o tucano foi governador por quatro vezes e senador. A análise dos integrantes do PSDB é de que o recuo de pleitear o governo seria uma forma de não entrar em uma aventura.

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