Meireles diz que controle do teto de gastos é crucial para o equilíbrio da economia
Pré-candidato a senador por Goiás, o engenheiro de Anápolis costuma dizer que a política tem um caráter transformador que precisa ser mais bem aproveitado
Nascido em Anápolis, Henrique Meirelles se formou em Engenharia e foi o primeiro estrangeiro a dirigir o BankBoston nos Estados Unidos. Desde então, se tornou uma referência cosmopolita, em termos econômico-financeiros, interna e externamente. Ele é consultado por líderes políticos e investidores do Brasil e do exterior.
Conhecido como “consertador” de governos, Meirelles, nos oito anos do governo de Lula, atuou como presidente do Banco Central, contribuindo para o controle da inflação e para o crescimento da economia. Ele era um dos principais, senão o principal, consultores do petista-chefe.
Adiante, no governo do presidente Michel Temer, trabalhou como ministro da Fazenda. O governo estava o caos, mas, em pouco tempo, o gestor o “desentortou”. Afinal, qual é seu segredo para ajustar governos?
Na verdade, quando inquirido sobre o assunto, Meirelles afirma que, no fundo, não há segredo algum. O fundamental, afirma, é o controle do teto de gastos. Se o governo conseguir controlar os gastos, obedecendo ao teto definido, a tendência, com as contas em ordem, é que o governo seja mais funcional e, deste modo, tende a contribuir para o crescimento da economia. A quebra do teto de gastos — como está ocorrendo no governo do presidente Jair Bolsonaro — cria instabilidade no mercado e afasta investidores, sejam internos ou externos.