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Não é uma boa ideia invadir a Guiana

Não é uma boa ideia invadir a Guiana

Guerra pode afetar toda a América do Sul

Conhecido pela beleza natural, com uma diversidade de ecossistemas, incluindo uma parte da floresta amazônica, o território de Essequibo também possui um enorme potencial econômico. A região que compreende quase 160 mil km² também é rica em inúmeros poços de petróleo e uma diversidade de minérios. Por isso, a Guiana e a Venezuela disputam a área há mais de um século.

Pulando mais de 100 anos de história, o resumo atual é: a Guiana controla o território, a Venezuela reivindica a área e a Corte Internacional de Justiça (CIJ) (ainda) examina o caso. Os venezuelanos pretendem realizar um referendo no dia 3 de dezembro para consultar a população a respeito da anexação de Essequibo. O principal argumento do país é o “Acordo de Genebra de 1966”.

Entretanto, a resolução não estabeleceu uma solução definitiva para a disputa territorial, muito menos algo concreto e favorável aos venezuelanos. Segundo o acordo, uma comissão seria formada para buscar a definição considerada justa. As fronteiras atuais entre os dois países são definidas pelo Laudo Arbitral de Paris de 1899, obviamente rejeitado pela Venezuela.

Ou seja, o território é reconhecido como parte da Guiana, independentemente de qualquer referendo proposto por Nicolas Maduro. Por isso, o desejo de expansão territorial do ditador venezuelano precisa ser contido antes que resulte em um conflito armado. Uma escalada na reivindicação territorial para uma guerra seria extremamente catastrófico para a América do Sul.

Lembrando que a Guiana já está se preparando para qualquer situação que ameace a soberania e já possui um acordo militar de proteção assinado com os Estado Unidos. Em troca, empresas americanas receberam o direito de explorar o petróleo do país em algumas regiões. Por isso, não é uma boa ideia tentar invadir e tentar anexar o território de Essequibo.

Além de ser uma batalha extremamente complicada pela presença dos EUA, ainda é necessário ressaltar que o país vive um cenário em que as sanções econômicas estão sendo afrouxadas. Ou seja, um conflito armado pode acabar com essa suspensão temporária e até render em novas restrições.

De qualquer forma, o conflito armado precisa ser evitado e as tratativas de resolução precisam estabelecidas o quanto antes para evitar a escalada. As grandes diplomacias da América do Sul precisam aparecer, principalmente o Brasil. Uma guerra tão próxima ao território brasileiro só trará consequências negativas, assim como na Europa na guerra entre Ucrânia e Rússia.

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