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OMS adverte para ‘tsunami’ de casos por ômicron neste fim de ano

OMS adverte para ‘tsunami’ de casos por ômicron neste fim de ano


As festas de fim de ano foram ofuscadas pelo forte aumento de casos em todo mundo, o que está levando muitos países a reimporem restrições
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre um “tsunami” de casos de covid-19 relacionados com a variante ômicron, a qual está colocando os sistemas de saúde, mais uma vez, “à beira do colapso” e tem atingido as celebrações de fim de ano em muitos lugares.
Do México a Atenas, de Paris a São Paulo, as festas de fim de ano foram ofuscadas pelo forte aumento de casos em todo mundo, o que está levando muitos países a reimporem restrições.
“A música será proibida” em bares e restaurantes, anunciou o ministro grego da Saúde, Thanos Plevris, em uma mensagem transmitida pela televisão.
O objetivo é tentar limitar a vontade de seus compatriotas de saírem de casa na virada do ano.
“Bares e restaurantes vão fechar à meia-noite. Para a festa de 31 de dezembro, estarão autorizados a permanecerem abertos até as 2 da manhã, mas sempre sem música”, frisou.
A Grécia registrou um novo recorde de infecções diárias na quarta-feira (29), a exemplo de outros outros países que vêm atingindo, há dias, picos de casos diários de covid-19, como França, Reino Unido e Espanha.
Na França, os estabelecimentos de entretenimento noturno, como “clubs” e boates, ficarão fechados por várias semanas. Em Paris, os bares deverão fechar às 2 da manhã. Na Cidade do México e em São Paulo, as autoridades cancelaram as comemorações do Ano Novo, devido ao coronavírus.
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Restrições parecidas se multiplicam por outros países. Na Alemanha, por exemplo, que decretou medidas duras, o ministro da Saúde, Karl Lauterbach, alertou que elas “não serão o suficiente” contra a ômicron, variante que provocará um “crescimento líquido” de casos nas próximas semanas.
“Tsunami” de contágios
“Estou extremamente preocupado que a ômicron, ao ser mais transmissível e circular ao mesmo tempo que a delta, esteja provocando um tsunami de casos”, declarou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.
“Isso está e continuará colocando uma pressão imensa sobre os esgotados trabalhadores da saúde, e os sistemas de saúde estão à beira do colapso”, acrescentou.
No mundo todo, uma média diária de mais de 935.000 casos de covid-19 foi registrada entre 22 e 28 de dezembro, de acordo com um balanço da AFP feito com base em dados oficiais. Não se via este número desde o início da pandemia, em dezembro de 2019.
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“O risco global relacionado com a nova variante ômicron permanece muito alto”, frisou a OMS em seu relatório epidemiológico semanal.
A maioria das novas infecções foi registrada na Europa, onde vários países alcançaram novos máximos históricos na quarta-feira (29).
O Reino Unido tem mais de 10.000 pessoas internadas com covid-19, o número mais alto no território desde março.
A Dinamarca é o país com mais casos novos em relação à sua população e pulverizou seu recorde, com 23.228 novas infecções.

Apesar de ostentar altas taxas de vacinação de sua população, a Espanha ultrapassou, pela primeira vez, 100.000 casos diários, após vários dias consecutivos atingindo máximos.
A nova onda também afeta os Estados Unidos, que alcançaram seu teto de infecções (mais de 265 mil), assim como América Latina e Caribe. A região agora acumula mais de 47 milhões de casos e quase 1,6 milhão de mortes.
Na última semana, os casos aumentaram 50%, enquanto os óbitos associados ao coronavírus subiram 11%, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

A Argentina registrou um recorde diário, com 42.032 casos e 26 mortes. O máximo anterior correspondia a 27 de maio passado, com 41.020 infectados e 551 falecimentos.

Na Colômbia, o governo advertiu ontem que o país está diante de um novo pico da pandemia. A Bolívia também registrou um recorde histórico de 4.934 infecções diárias.
Até o momento, a explosão de casos não se traduziu em um aumento no número de mortos, que há três semanas vem caindo ao redor do mundo. O total de vítimas fatais da pandemia da covid-19 até agora é de mais de 5,4 milhões de pessoas.

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