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Parlamentares dos EUA e da Europa pedem investigação contra JBS

Parlamentares dos EUA e da Europa pedem investigação contra JBS

Representantes dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia consideram as práticas comerciais da empresa “preocupantes” e apontam possível relação da JBS com o desmatamento da Amazônia
Parlamentares dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia pediram na terça-feira (4/1), na capital americana, Washington, a abertura de uma investigação sobre “as práticas comerciais” da empresa brasileira de carnes JBS.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, Bob Menéndez, o legislador britânico Ian Liddell-Grainger e o presidente da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, Norbert Lins, assinaram, em conjunto, um comunicado que expõe dúvidas de uma possível relação da JBS com o desmatamento da Amazônia.
“Como legisladores da Europa e dos Estados Unidos, temos observado com preocupação crescente as problemáticas práticas de negócio da companhia brasileira JBS, de sua matriz, a J&F Investimentos, e de suas subsidiárias”, diz o pedido, que também solicita averiguações na empresa matriz, a J&F Investimentos, e nas suas subsidiárias.
Os políticos requerem que seus respectivos países “conduzam investigações legais e coordenadas”. “De modo a garantir que a companhia seja forçada a operar sob as normas financeiras e ambientais exigidas de todos os negócios. Também encorajamos nossos governos a escrutinar as práticas anticompetitivas da JBS e avaliar se os abusos da companhia podem danificar as cadeias de produção de comida de forma permanente”, afirmam os parlamentares.
Para os parlamentares, também é surpreendente o fato de que os irmãos Wesley e Joesley Batista permaneçam como acionistas majoritários da empresa, “apesar de terem sido condenados criminalmente no Brasil”.”Na última década, a JBS ganhou notoriedade global por seu envolvimento em um amplo espectro de atividades criminais, tendo assumido a culpa de 1,5 mil casos de propina no Brasil, assim como de violações para fixar preços. A companhia também assumiu a culpa por violar a lei americana sobre corrupção estrangeira, e ainda tem de pagar bilhões de dólares em multas criminais”, destaca o documento.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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