Sabiam que ele estuprava, mas não achavam isso tão grave’, diz autora de livro sobre João de Deus
No livro-reportagem ‘João de Deus – O abuso da fé’, a jornalista Cristina Fibe conta detalhes sobre a vida e os crimes cometidos pelo autoproclamado médium
Enquanto o autoproclamado médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, era aclamado por seus supostos poderes de cura e recebia milhares de fiéis semanalmente, moradores da cidade goiana de Abadiânia comentavam — e inclusive faziam apostas — sobre os abusos sexuais cometidos por ele dentro da Casa de Dom Inácio de Loyola, em que realizava os atendimentos. Anos antes de 2018, quando uma mulher holandesa expôs em uma rede social o estupro que sofrera, desencadeando mais centenas de relatos de violações e uma força-tarefa para investigar o que é considerado o maior caso de crime sexual no país, outras já haviam tentado denunciá-lo.
É o que mostra a jornalista Cristina Fibe, especializada na cobertura sobre direitos das mulheres e uma das responsáveis pela revelação dos crimes de João de Deus pela imprensa. Nos anos seguintes, ela leu mais de mil páginas de processos, visitou o centro espiritual e realizou centenas de entrevistas, inclusive com figuras públicas como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e Marconi Perillo, ex-governador de Goiás.
No livro-reportagem investigativo “João de Deus — O abuso da fé”, que será lançado pela Globo Livros em 14 de outubro, Fibe apresenta os detalhes sobre a vida e os crimes cometidos pelo ex-líder religioso.
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