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Secretário Ney Ferraz é alvo de operação contra corrupção no Iprev DF

Secretário Ney Ferraz é alvo de operação contra corrupção no Iprev DF

As investigações começaram em 2021, após a polícia constatar irregularidades no âmbito do Iprev, no chamamento para o credenciamento de fundos de investimento e instituições financeiras referentes a um editaO secretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Distrito Federal (Seplad-DF), Ney Ferraz, está entre os alvos da operação Imprevidentes, desencadeada na manhã desta quinta-feira (9/2), pela Delegacia de Repressão à Corrupção vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DRCOR/Decor) e pelo Ministério Público (MPDFT). O objetivo é apurar um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro no Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev).São cumpridos oito mandados de busca e apreensão no DF, em São Paulo e em Teresina (PI), incluindo a sede do Iprev, as empresas envolvidas e as residências dos investigados. O Correio apurou que a casa de Ney Ferraz, localizada no Noroeste, também foi alvo de busca e apreensão.Entre março e outubro de 2022, o advogado Ney Ferraz esteve à frente da presidência do Iprev. Depois, assumiu a Secretaria do Planejamento. O Correio tenta contato com a defesa do investigado.OperaçãoAs investigações começaram em 2021, após a polícia constatar irregularidades no âmbito do Iprev, no chamamento para o credenciamento de fundos de investimento e instituições financeiras referentes a um edital.Em meio às diligências, surgiram suspeitas de diversas irregularidades praticadas por gestores do Instituto na gestão de ativos financeiros, desde o credenciamento até a destinação de recursos, o que indicava favorecimento a uma empresa de investimento com sede em São Paulo.Os investigadores comprovaram, ainda, a incompatibilidade entre o padrão de vida e os vencimentos percebidos pelos investigados. E nesse sentido, foi verificado o recebimento de quantias em espécie, e por meio de boletos, pelos investigados e por familiares.O possível envolvimento de um dos sócios da empresa de investimento com os servidores públicos corroboraram para a hipótese de que os gestores do Iprev agiram para favorecer a destinação de recursos para os fundos de investimento representados pela empresa investigada, recebendo, como retribuição, vantagens indevidas pagas em espécie pelo responsável por ela.BuscasAs buscas têm como objetivo a consolidação e robustecimento dos elementos probatórios já coligidos para conclusão do inquérito em andamento, visando sedimentar a participação de cada integrante do grupo criminoso, a identificação de outros envolvidos, além da apreensão de bens e valores para ressarcimento dos cofres públicos.Os suspeitos estão sendo investigados pela possível prática de crimes de corrupção passiva (artigo 317 do Código Penal), corrupção ativa (artigo 333 do Código Penal) e lavagem de bens, direitos e valores (artigo 1º da Lei 9.613/1998); e, caso condenados, podem pegar até 22 anos de prisão.A operação contou com apoio da Promotoria de Justiça de Defesa do patrimônio Público e Social (Prodep). Participaram da ação cerca de 50 policiais civis da PCDF, contando com apoio operacional de policiais da Gerência de Inteligência da Polícia Civil do Piauí e da Divisão de Investigação de Crimes contra a Administração e Combate à Corrupção e Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores (DPPC) da Polícia Civil do Estado de São Paulo.

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