Trump não será algemado ao se entregar, diz advogadoAcordo é fruto de negociação entre defesa de ex-presidente dos EUA
e Promotoria de Manhattan, que pediu seu indiciamento. Trump se tornou réu na quinta-feira (30) e pode ser preso após audiência na Justiça, na terça (4).Por g1 ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump não será algemado quando se entregar na próxima semana em Nova York, afirmou nesta sexta-feira (31) seu advogado de defesa, Joe Tacopina.Trump, que se tornou réu na quinta-feira (30) em um caso de suposto suborno a uma ex-atriz pornô e pode ter de aguardar julgamento em prisão preventiva, se apresentará ao juiz responsável pelo caso na terça-feira (4). Pelas normas da Justiça dos EUA, os réus que se apresentam para o indiciamento em uma Corte saem de lá já algemados.Mas a Promotoria de Manhattan, em Nova York, onde o caso é julgado,vinha negociado as condições para a prisão do ex-presidente norte-americano com sua defesa – entre os pontos estava justamente se ele seria algemado ou não.Segundo seu advogado, a defesa de Trump e a Promotoria firmaram um acordo nesta sexta.A Promotoria ainda não havia se pronunciado sobre o suposto trato até a última atualização desta notícia.A prisão do ex-presidente, no entanto, não é certa. Dada a proeminência de Trump e sua candidatura em curso às eleições presidenciais de 2024 – ele já lançou sua pré-candidatura -, é provável que o juiz não considere que o ex-presidente traga risco de fuga, e Trump poderá ir embora depois do procedimento, mediante o pagamento de uma fiança, se necessário.Trump teria pagado US$ 130 mil (cerca de R$ 682 mil na cotação atual) à atriz pornô Stormy Daniels nas semanas prévias às eleições de 2016, para que ela se mantivesse em silêncio sobre um suposto relacionamento extraconjugal.Esse pagamento não seria ilegal, mas na prática o dinheiro foi justificado como honorário advocatício para um dos advogados de Trump, Michael Cohen —é essa tentativa de esconder a natureza do pagamento que pode ser considerada criminosa; os promotores afirmam que foi uma falsificação de registro comercial.Além disso, o pagamento indireto também seria uma tentativa de esconder uma relação dos eleitores, afirmam os promotores.