Vai e vem da política: veja quem entrou e quem saiu do Legislativo de Goiânia e Goiás em 2023
“Dança das cadeiras” movimentou o ano nas esferas do Legislativo goiano
O ano de 2023 foi repleto de mudanças nas cadeiras de Câmara Municipal de Goiânia e na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Diversos parlamentares entraram e saíram de ambas as Casas e os motivos foram diversos. Há casos de cassação e de licença, além daqueles que conseguiram cargos na eleição passada.
Por exemplo, a Câmara Municipal iniciou o ano sem dois vereadores que foram para a Alego: Clécio Alves (Republicanos) e Mauro Rubem (PT). Os dois concorreram para deputado estadual nas eleições de 2022 e foram eleitos. Para substituí-los no Parlamento de Goiânia, Kátia Maria (PT) e Denício Alves (MDB) assumiram as cadeiras.
Em março, a vereadora Gabriela Rodart (Solidariedade) perdeu o mandato por conta de infidelidade partidária. Eleita pelo Democracia Cristã (DC), o partido solicitou o mandato de volta quando ela foi para o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). No lugar, Márcio do Carmo (DC) assumiu o mandato por 23 dias antes dela conseguir a revogação.
Ainda dentro do partido, o vereador Raphael da Saúde (DC) deixou o mandato para que Wellington Bessa (DC) assumisse de volta a cadeira. O ex-secretário de Educação e Administração ficou mais de dois anos na Prefeitura de Goiânia antes de voltar para a Casa. O ex-parlamentar ainda monitora a situação de Rodart para tentar um retorno.
No mesmo período, a Câmara ainda teve os dois vereadores eleito pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), Edgar Duarte e Pastor Wilson, entrando de licença. Ambos alegaram problemas de saúde e particulares para se ausentarem. Danilo Arraes e Edivaldo Carlos assumiram o mandato, mas a dupla original logo retornou.
Logo após o recesso parlamentar, a “dança das cadeiras” se intensificou dentro da Casa, após a cassação de Paulo Henrique da Farmácia (Agir). A decisão do ministro Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), considerou que houve desrespeito à cota de gênero na eleição de 2020. No lugar, Markim Goyá (PRD) assumiu a vaga.
O vereador Léo José (sem partido) também perdeu o mandato pelo mesmo motivo logo em seguida, com Bill Guerra (Solidariedade) assumindo. Outros também corriam o mesmo risco, incluindo as chapas do Avante, PMB e Partido Social Cristão (PSC). Além Wilson e Duarte, Geverson Abel, Thialu Guiotti e Léia Klebia também estão na lista.
Com risco de perder o mandato, Abel assumiu a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec). Também não é possível afirmar com certeza se essa situação foi crucial na decisão do novo secretário. De qualquer forma, o suplente Jaiminho (Avante) ficou com a vaga.
Para encerrar o ano na Casa de Leis de Goiânia, uma reviravolta trouxe de volta Paulo Henrique da Farmácia e Léo José. Uma decisão de Alexandre de Moraes, presidente do TSE, suspendeu a posição anterior de Nunes Marques. Como consequência, Markim Goyá e Bill Guerra voltaram para a lista de espera.
2024 de cassações na Alego?
Ao contrário da Câmara Municipal de Goiânia, a Alego foi mais “tímida” em relação as movimentações parlamentares. Oúnico caso foi a cassação do deputado Fred Rodrigues (DC), por atraso (o que implicou na falta) da prestação de contas nas eleições municipais de 2020. Dessa forma, Cristóvão Tormin (PRD), ex-prefeito de Luziânia, ficou com a cadeira.
Ainda é possível que outros deputados sejam cassados por desrespeito à cota de gênero, assim como na Câmara. As chapas do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Progressistas e Partido Liberal (PL) também correm riscos. Ao todo, oito parlamentares perigam perder o mandato.
Além de Gustavo Sebba (PSDB) e José Machado (PSDB), ainda estão na lista os deputados estaduais Alessandro Moreira (PP), Jamil Calife (PP), Vivian Naves (PP), Delegado Eduardo Prado (PL), Major Araújo (PL) e Paulo Cezar Martins (PL). Anteriormente, as defesas dos três partidos negaram a possibilidade de cassação.
Licenças na Câmara dos Deputados
As únicas modificações dentro da bancada goiana na Câmara dos Deputados foi por conta de pedidos de licença.
O primeiro do deputado federal Célio Silveira (MDB) abriu espaço para Márcio Corrêa (MDB). Em dezembro, Jeferson Rodrigues (Republicanos) também se licenciou e Hildo do Candango (Republicanos) assumiu a cadeira.
Texto: Fabricio Vera