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Bruno Peixoto “segura” Vanderlan e deve polarizar com Adriana Accorsi

Bruno Peixoto “segura” Vanderlan e deve polarizar com Adriana Accorsi

Pesquisadores sugerem que, depois de “segurar”, o presidente da Assembleia Legislativa pode começar a “puxar” o senador do PSD para baixo

O Jornal Opção ouviu três especialistas (preferem manter-se no anonimato, porque estão prestando seus serviços para vários pré-candidatos) que estão fazendo pesquisas de intenção de voto (quantitativas) e pesquisas qualitativas a respeito da disputa pela Prefeitura de Goiânia. Todos disseram a mesma coisa, em locais e dias diferentes: enganam-se aqueles que pensam que está cedo para debater o assunto. Na verdade, a sucessão do prefeito Rogério Cruz, do Republicanos (a caminho do Solidariedade?), está na ordem do dia.
Os pesquisadores são peremptórios: há um político que, sem que muitos percebam, começou a desequilibrar o quadro pré-eleitoral. Trata-se do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto, do União Brasil
De acordo com os pesquisadores, pelos dados do momento — sobre possibilidades, probabilidades —, o único postulante da base governista que tem chance de ir para o segundo turno é Bruno Peixoto. Mas ressalvam que, se não está cedo para se expor e apresentar ideias sobre a cidade — uma espécie de carta de intenções —, ainda não se pode dizer com certeza que o pré-candidato “a” ou o pré-candidato “b” é favoritíssimo, que “aquele” ganha ou “aquele” perde.
Os pesquisadores constatam que os eleitores de Goiânia querem alguém moderno e, sobretudo, que seja visto como um anti-Rogério Cruz. As pesquisas indicam que os eleitores querem um prefeito “proativo”, “presente” e “próximo” das pessoas.
Pesquisas mostram também que a deputada federal Adriana Accorsi (PT) tem um eleitorado mais fiel do que o de Vanderlan Cardoso, que é volátil. Os eleitores da petista não ficam “migrando”. Já os eleitores do senador do PSD “migram” mais.
Um dos pesquisadores diz que, num dos levantamentos, percebeu uma certa “insatisfação” dos eleitores evangélicos com Vanderlan Cardoso. “Sua aliança com o PT de Lula da Silva, em Brasília, não agradou parte de seu eleitorado”, afirma. A pesquisa foi feita antes de Vanderlan Cardoso ter aberto conversações com o PT de Adriana Accorsi em Goiânia.
Há um dado, exposto pelos pesquisadores, que merece atenção: Bruno Peixoto (e não Jânio Darrot, do MDB — que está estagnado) está “segurando” o crescimento de Vanderlan Cardoso. Parte dos eleitores do senador, inclusive no meio evangélico, começa a trocá-lo pelo pré-candidato do União Brasil. Ainda não é larga escala, mas o fenômeno já está ocorrendo… e crescendo.
Os pesquisadores sugerem que, num primeiro momento, Bruno Peixoto — que ainda é pouco conhecido dos eleitores — “segura” a ascensão de Vanderlan Cardoso (o mais conhecido dos pré-candidatos, seguido de Adriana Accorsi). Num segundo momento, há a possibilidade de começar a “puxar” o senador para baixo — desidratando-o.
Se “puxar” Vanderlan Cardoso para baixo, em larga proporção, Bruno Peixoto tende a ir para o segundo turno — enfrentando, possivelmente, Adriana Accorsi, que não é “desidratada” por nenhum dos postulantes. Porque, na esquerda, a petista não tem nenhum rival.
Por fim, há outro dado curioso: os eleitores que votam no deputado federal Gustavo Gayer (PL) não mudam de voto. São firmes. Vão com ele até o fim.
Mas, na hipótese de segundo turno sem a presença de Gustavo Gayer, seus eleitores preferem apoiar Bruno Peixoto e não querem compor nem com Adriana Accorsi nem com Vanderlan Cardoso, que começa a ser tachado de “petista” pelo eleitorado que se considera de direita. (E.F.B.)

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