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Vereadores de Inhumas são afastados após denúncia sobre ‘rachadinha’

Vereadores de Inhumas são afastados após denúncia sobre ‘rachadinha’

Presidente da Casa, Suair Teles (PP) e Paulo Pedrinha (Podemos) são afastados por 120 dias. Investigações também apuram possíveis fraudes na eleição da presidência da Casa

Denúncia contra os vereadores Paulo Pedrinha (Podemos) e Suair Teles (PP), presidente da Câmara Municipal de Inhumas, motivou investigação de possíveis fraudes na eleição da presidência da Casa e de prática de “rachadinha” (quando um funcionário público é obrigado a devolver parte do próprio salário para um político ou assessor). Nesta quinta-feira, 18, a Polícia Civil de Goiás chegou a cumprir mandados de busca e apreensão na casa e nos gabinetes de ambos.
Com os parlamentares afastados por 120 dias, o vice-presidente da Casa, Edivaldo Ribeiro Dias Junior (PSL) irá assumir interinamente a Presidência. A posse ocorre na tarde desta quinta-feira, às quatro horas da tarde. Em conversa com o Jornal Opção, Edivaldo não soube informar se os suplentes dos vereadores afastados serão convocados para substituí-los. “Isso irá depender das decisões judiciais, mas dependendo iremos convocar, sim. Iremos colaborar com as investigações e não faremos nada sem determinação judicial”, declarou.
Procurado pelo Jornal Opção, o advogado de defesa de ambos os parlamentares, Jackson Vagner Nascimento, afirmou que entrará com recurso sobre a decisão do afastamento dos vereadores. “O recurso é para que eles voltem ao cargo imediatamente ou que o período de afastamento seja reduzido para um período razoável para concluir a investigação”, pontuou.
Isso, porque segundo ele, o prazo de 120 dias que foi determinado é considerado desproporcional. “O inquérito usualmente tem o período de 30 dias a ser prorrogado por mais 30 dias para ser encaminhado ao judiciário”, complementa. Ele ainda afirmou que, durante a operação realizada pela Polícia Civil, foram apreendidos os celulares de ambos os parlamentares, o computador do gabinete de Paulo Pedrinha, além de solicitada a quebra dos sigilos bancários de ambos os vereadores.
Entenda o caso
A versão explicada pela defesa dos parlamentares ao Jornal Opção é de que o ex-servidor da Casa Legislativa, Cilas Barbosa Sena Neto, teria denunciado os parlamentares após ter sido exonerado da Câmara Municipal. Cilas teria sido contratado para assessorar o vereador Paulo Pedrinha, que é presidente da Comissão da Saúde da Câmara Municipal, e atuado entre 30 a 45 dias no cargo.
“Ele foi contratado para um serviço especializado nessa área. Em razão disso, ele contratou o assessor, para que desempenhasse esse papel na Casa, mas como ele não estava conseguindo desempenhar esse papel especializado na área da saúde, ele pessoalmente terceirizou esse serviço. Ele contratou uma terceira pessoa para ajudá-lo a desempenhar esse papel na casa e a pagou do próprio bolso”, disse o advogado.
Segundo o relato da defesa, “como o vereador Paulo Pedrinha percebeu que o assessor não estava conseguindo desempenhar esse papel a contento, resolveu exonerá-lo do cargo”. A denúncia foi realizada por Cilas após a exoneração.
O Jornal Opção não conseguiu contatar o ex-servidor Cilas Barbosa Sena Neto. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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